Acho que vou ficar louca
Vou ver estrelas e mergulhar num mar
de azul profundo
Cheio de sons e fúria espumante.
Acho que vou ficar louca
Com tanta gente, jeito, gestos, voz
Tanta coisa tentando cobrir um vazio tão profundo
Choro de medo porque acho que vou ficar louca
Dentro de um palco escuro
Correndo com uma camisola branca de rendas
E, ao fundo, uma música de rock.
Loucamente sozinha
As luzes se apagam
Choro.
Tuesday, 30 October 2007
Monday, 22 October 2007
Vício
Eu sou uma pessoa que precisa de Vinicius. Assim, como quem precisa de água quando caminha no deserto. Preciso. Quando tudo está perdido, preciso de Vinicius me falando que as coisas são belas, que o amor é lindo e que a vida é leve. Foda-se se é piegas. Eu que pago minhas contas. Todas. Desde a calcinha até o aluguel. Então, com licença senhor, senhora, mas eu preciso de Vinicius. Me soprando no ouvido e me iluminando os olhos com poemas de que o amanhã vai ser bom, que um banho de mar recarrega qualquer fraca energia, que fazer amor é melhor do que um puta sexo animal. Vinicius balançando na rede, molenga, ingênuo, leve como areia, lindo como um pôr-do-sol. Preciso disso como se precisa de um remédio para gripe. Vício de Vinicios. Êta vício bom.
Thursday, 18 October 2007
Meu
Minha porta de vidro está fechada.
Meu corpo de porcelana não quer mais seus carinhos
rabiscados de ardor.
Se eu pudesse te dizer tudo que tenho vontade,
mas não.
Vamos ao palco e brinquemos por lá.
Lá eu posso. Lá é meu. Entende?
É melhor.
Meu corpo de porcelana não quer mais seus carinhos
rabiscados de ardor.
Se eu pudesse te dizer tudo que tenho vontade,
mas não.
Vamos ao palco e brinquemos por lá.
Lá eu posso. Lá é meu. Entende?
É melhor.
Saturday, 13 October 2007
Bolinha de papel
Ele disse que ela tomava calmantes
igual se come MM's.
Ela deu de ombros e logo
se sentiu a pessoa mais
covarde do mundo.
Antes calmantes do que
a dor de não sossegar.
A dor é para quem pode...
e não pode com ela.
E o mais irônico de tudo:
ela continua sofrendo.
MM's pelo menos são coloridos.
Foda-se, disse ela.
igual se come MM's.
Ela deu de ombros e logo
se sentiu a pessoa mais
covarde do mundo.
Antes calmantes do que
a dor de não sossegar.
A dor é para quem pode...
e não pode com ela.
E o mais irônico de tudo:
ela continua sofrendo.
MM's pelo menos são coloridos.
Foda-se, disse ela.
Monday, 8 October 2007
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