Tuesday 24 March 2009

Tuesday 17 March 2009

punk.

Resolvi escrever este texto quando percebi o quanto estamos "dormindo", mundialmente falando. Tava lendo outro dia umas coisas e descobri um negócio maravilhoso e tão, mas tão simples de se fazer para ajudar no aquecimento global que, vendo que quase ninguém ainda fez, saquei o quanto este mundo está realmente cada vez mais idiota, com pessoas sem atitude, patéticas e apáticas mesmo.

Se alguém ficar com raiva do jeito que estou escrevendo este texto, ÓTIMO! Quero mais é que fique. Eu mesmo ando raivosa, inconformada com a cara de retardado e "Ãh? Que foi?" que todo mundo anda fazendo pra tudo. Precisou Obama morar na Casa Branca pra todo mundo gritar que podia. Que piada. Todo mundo pode faz tempo. Mas ninguém quis fazer. A raiva, a indignação, às vezes nos move, sabe? Tudo menos a apatia, pelamor de deus.

O que eu descobri é que quando pintamos o telhado do nosso prédio ou casa de branco ou cores bem claras, diminuimos em até 30 (TRINTA!!!) graus a temperatura da superfície pintada, ou seja, pintar a porra do teu telhado de branco diminui a temperatura da Terra, ajuda MUITO no aquecimento global.

Esse mundo que andam falando que vai acabar, vai explodir, vai derreter, bom, só "a nível de" informação esse tal desse mundo é o SEU mundo, ok? Esse mesmo aqui que você vive. Ou seja, se eu/você/e todos nós não fizermos nada, você vai derreter o seu mundo, você vai derreter os seus filhos, você vai derreter os seus amigos, você vai ME DERRETER. E eu não quero isso.

Dêem uma olhada nesse site, descubram como fazer com seus telhados. Eu já estou fazendo. Amanhã mesmo vou falar com meu síndico e colocar na boca dos moradores do prédio a ação de pintar o telhado. Tenho certeza que dá pra fazer. O único problema que as pessoas sofrem hoje em dia se chama preguiça e condescendência. Tô fora disso. Me rebelo mesmo. Mando se foder:

http://www.onedegreeless.org

Falando em não aceitar o que te entucham boca adentro, se eu fosse vc., alugaria o documentário PUNK : ATTITUDE pra ontem. Além de toda a história do punk rock na música (que é sensacional) vc. vai descobrir que o punk pouco tem daquele punk que a mídia criou: cabelo colorido, violência e cia. O punk é muito mais uma atitude do que qualquer outra coisa. Vc. descobre que tanto Elvis Priestley quanto Rimbauld quanto Sex Pistols quanto Radiohead (os caras não têm carro e andam de bicicleta na cidade desde antes de eu nascer) quanto Kerouac quanto Maria Alice dando um tapa na pantera quanto The Clash quanto Jackson Pollock quanto Pixinguinha quanto Sean Penn quanto Jim Jamurch (este último, um cineasta. Para quem não sabe, corra atrás), quanto um cara que planta uma árvore no meio da Paulista, todos, ambos são MUITO punk rocks. Muito mais pela atitude do que pela música, filmes, livros ou influências. São punks porque punk é não ser condescendente. Punk é não aceitar absurdos como o aquecimento global e ficar parado sem fazer nada. Punk é olhar pro dono da maior e mais poderosa empresa ou pessoa do mundo e dizer "FODA-SE VOCÊ. EU POSSO FAZER SOZINHO." Punk é acreditar que um sonho pode sim ser realizado e ir atrás disso com (muita) fé. Punk é vc. confiar no teu taco e fazer suas coisas sem depender de ninguém. Punk é ter coragem de se aceitar, ser vc. mesmo e mostrar isso pra todo mundo sem a MENOR vergonha na cara.

Punk é ser uma pessoa humana no sentido mais simples. E como eu disse lá em cima, hoje em dia de humanos temos pouco. Estamos mesmo é com bastante zumbis por aí.

PUNK YOURSELF, cacete!!!

Sunday 15 March 2009

para o meu melhor amigo, pra sempre.

Deixo tudo assim.
Não me importo em ver a idade em mim,
Ouço o que convém.
Eu gosto é do gasto.

Sei do incômodo e ela tem razão
Quando vem dizer que eu preciso sim
De todo o cuidado.

E se eu fosse o primeiro
A voltar pra mudar o que eu fiz.
Quem então agora eu seria?

Ahh tanto faz! E o que não foi não é,
Eu sei que ainda vou voltar... Mas, eu quem será?

Deixo tudo assim, não me acanho em ver
vaidade em mim.
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.

Sei do escândalo e eles têm razão.
Quando vem dizer que eu não sei medir,
nem tempo e nem medo.

E se eu for o primeiro
a prever e poder desistir do que for dar errado?

Ahhh, ora, se não sou eu quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão.

Ahhh, se o que eu sou é também
o que eu escolhi ser aceito a condição.

Vou levando assim.
Que o acaso é amigo do meu coração
Quando falo comigo, quando eu sei ouvir...

('o velho e o moço' - los hermanos)

Wednesday 11 March 2009

.destroy everything you touch

4 passos. quer ver? 4 passos!
levantar, passar, abaixar, fechar.
ah, e não esqueça de me passar o cigarro.
cigarro?
ela adora borrar o cigarro com a boca suja de...
Zeus e seus anjinhos seguidores de olhares lânguidos,
desses, sabe?
desses que andam pela cidade à noite.
Zeus e seus anjinhos não sabem do que é capaz lábios
sujos de batom e um olhar borrado de lápis escuro.
olhares sempre foram sua maior arma.
Zeus, oh my Zeus, não faça isso.
meu negócio são os anjos.
suas botas pretas estão enlaçadas até o meio das canelas,
sua meia arrastão destila cada um dos fios pelas ruas escuras
de uma noite em que nada, absolutamente nada é real.
são fios de navalha (de lã) que ela enxerga de maneira tão perigosa quanto...
anjos, já te disse! anjos seguidores,
desses, sabe? desses que andam pela cidade à noite.
fucking god, estão todos ferrados. todos eles.
não pense que ela fará por mal ou algo assim.
ela o fará com o mesmo prazer vulcânico
e diversão intensa que sente ao ver tudo girar
numa pista coberta de neve e luzes.
no meio da neve ela encontra um pequeno vidro
com água e bolinhas brancas. neva ali dentro também.
enquanto ela passa os dedos em seus lábios molhados,
Zeus aparece por trás e sussurra em seus ouvidos:
- dance... dance passando suas mãos por todo o seu corpo. dance. foram todos embora.
a pista está vazia. somente você, suas botas, a neve e o vidro.
dá uma risada enorme, gostosa.
um segundo anjo aparece do outro lado da pista.
aponta o vidro e pede para que ela, agora tão vil e confusa quanto ele, leia:
- é para você. eu escrevi.
ela olha pra dentro e vê um pequeno
papel amassado das noites irreais da cidade.
Nele está escrito:
*Pode respirar agora. Eu já cheguei.*