Saturday, 25 July 2009
silencioso
O Marião Bortolotto sempre foi uma espécie de oráculo silencioso pra mim. Ele não vai curtir nem um pouco essa definição ("Que porra é essa de oráculo, Débora!" Hahaha), mas tudo bem, é o que eu sinto mesmo. Lembro da época em que nos conhecemos, em que começamos a conversar pelos bares, mesas e noites da vida. Sempre conversamos pouco. Mas sempre conversamos o essencial pra mim.
Às vezes nem preciso falar com o Marião.
Eu só olho pra ele.
Simplesmente olho e o olhar dele me responde.
Às vezes nem preciso escrever para o Marião.
Eu só leio ele.
Simplesmente leio e os textos dele me respondem.
Às vezes nem preciso beber com o Marião.
Eu só ouço ele.
Simplesmente ouço suas músicas num show de palco fumaceira e elas me respondem.
Nem me pergunte o quê.
O oráculo silencioso. Está tudo ali.
Tudo. Qualquer coisa que eu queira saber, que me aflija, que me angustie, que me deixe feliz, infeliz, tudo. Está tudo ali. Ou no texto ou na música ou no olho ou na atitude. O Marião costuma dizer que não veio ao mundo para fazer ninguém feliz. Ainda bem. Porque é isso que eu gosto no meu oráculo silencioso: ele é sincero, seco, verdade sem gelo, raro e especial.
Toda vez que meu mundo gira e eu tenho vontade de gritar, corro no Marião e sei que ali vou sentir alguém que também vê esse mundo nojento girando mas que grita do jeito mais inteligente: se divertindo, com o que ama, com o seu trabalho e com a arte. Seus amigos, seus livros, seus discos, suas bebidas e sua música. E dai? É assim mesmo. A vida é isso. É tentar se divertir sempre que se pode. É só o que vale a pena. O que fica na memória.
Bota um rock and roll pra berrar aí de onde vc. estiver, Marião.
Porque daqui a pouco eu tô chegando.
E eu gosto muito de rock.
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Bacana, Debrinha. Assim eu começo a me sentir importante. Beijo.
ReplyDeleteÉ o tipico cara que mesmo quando erra acerta.
ReplyDeleteFoi chato pra caralho com a história do "Opala"...vi outro dia...ficou uma bosta mesmo!Inclusive a participação "especial!" dele...