uma vez me disseram que amor é aquilo que deixamos navegar
sem saber se voltará para nosso porto seguro.
sabemos que seguro ele é, o maior de todos.
aquele que tem beleza, vento e calma.
ficamos ali, com chuva, sol, inverno, verão.
olhamos de perto você, ao mar, longe, longe...
cada vez mais. vai tão profundo que parece ter desaparecido para sempre.
quando em uma noite de neblina e pesar... você volta.
você sempre volta.
quantas vezes te escutei dizer que meu colo, meu porto, era o mais bonito de todos, o mais seguro do mundo, o mais interessante e forte e... ah! não sei dizer, meu deus! o que está acontecendo comigo?!
o mais certo de paz e tranquilidade e doçura e...
amor.
novamente você faz suas malas e sai em busca de mares revoltos, pessoas opostas e tempestades mil.
gostamos de tempestades.
entendo você.
choro rios e mares e um minuto depois acalmo, calo profundamente.
como se tivesse certeza de que mesmo viajando por todos os mares do mundo,
conhecendo todas as tempestades do universo,
você sempre volta para mim.
meu porto.
minha paz.
quando algo é aquilo que é e, irresistivelmente, nos sentimos tragados por isso,
não existe mar no mundo que nos tire do eixo.
amor é deixar ir embora.
como te deixo, como te solto, como chego até a te empurrar.
de ódio. de birra. de graça. de faz de conta.
de sofrer.
de amar. de amar. de amar.
te beijo o rosto e olho como se dissesse 'vai, vai, vai...!
vai brincar de viver, vai brincar de ser feliz,
vai ser o que é, minha alma gêmea tão bem traduzida'.
porque tenho a certeza, no fundo do meu coração, de que você sempre volta.
sempre.
sempre.
sempre.
* I value this for its associations.
para lembrarmos para sempre da noite do frio, do vinho e do gravador.
Saturday, 23 June 2012
Wednesday, 20 June 2012
raia.
tinha um velinho louco, que nadava 300km por hora.
um quase criança que tinha esquecido os óculos em casa e trombava em todo mundo.
fiz 20. como sempre. às vezes me engano e conto duas vezes o mesmo número
para poder fazer mais.
sempre me engano. gosto de me enganar.
sou severa comigo mesma.
no banho passei as mãos entre meus seios como se dissesse 'olá, vou fazer um carinho em você.
porque você merece. não faça isso com você mesma. você é tão bonita. tão tão...'
chuva. frio. ando pela ponte com medo de me jogar. vejo o parque dos skates e as luzes dos faróis.
vento. noite. sempre fui da noite. meu capuz me faz parecer um trombadinha na avenida.
gosto disso. estar à margem. sempre fui da noite. ando como quem vai matar alguém no final do caminho.
sentada, puxo meu canetão e tento pixar alguma coisa no banco.
tristeza. meu canetão acho que quebrou de vez. a ponta porosa está esgarçada por causa do outro muro.
nível de paciência com as senhorinhas da hidroginástica do sesc hoje: - 10.
É. MENOS DEZ.
acho que vou explodir.
um quase criança que tinha esquecido os óculos em casa e trombava em todo mundo.
fiz 20. como sempre. às vezes me engano e conto duas vezes o mesmo número
para poder fazer mais.
sempre me engano. gosto de me enganar.
sou severa comigo mesma.
no banho passei as mãos entre meus seios como se dissesse 'olá, vou fazer um carinho em você.
porque você merece. não faça isso com você mesma. você é tão bonita. tão tão...'
chuva. frio. ando pela ponte com medo de me jogar. vejo o parque dos skates e as luzes dos faróis.
vento. noite. sempre fui da noite. meu capuz me faz parecer um trombadinha na avenida.
gosto disso. estar à margem. sempre fui da noite. ando como quem vai matar alguém no final do caminho.
sentada, puxo meu canetão e tento pixar alguma coisa no banco.
tristeza. meu canetão acho que quebrou de vez. a ponta porosa está esgarçada por causa do outro muro.
nível de paciência com as senhorinhas da hidroginástica do sesc hoje: - 10.
É. MENOS DEZ.
acho que vou explodir.
Thursday, 14 June 2012
nulo.
não queria escutar mais nada.
nada de que, porque, nada de nada.
simplesmente os forçava a calarem em suas insignificâncias,
mediocridades e companhia.
era tão nulo, tão nada, tão 'adeu, não quero'.
acho que nunca quis. pfff...
cansada de desculpas, complexos e afins,
cantou aos quatro cantos cantáveis da vida:
"minha filha, eu não tô nem aí."
nada de que, porque, nada de nada.
simplesmente os forçava a calarem em suas insignificâncias,
mediocridades e companhia.
era tão nulo, tão nada, tão 'adeu, não quero'.
acho que nunca quis. pfff...
cansada de desculpas, complexos e afins,
cantou aos quatro cantos cantáveis da vida:
"minha filha, eu não tô nem aí."
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